Em comemoração ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, o deputado federal Sergio Vidigal fez parte da mesa da comissão geral que discutiu o tema na Câmara dos Deputados. Durante o discurso, o pedetista lembrou da maior revolução abolicionista que ocorreu no Espírito Santo.
Vidigal contou que no dia 19 de março de 1849, na cidade da Serra, no Espírito Santo, ficou marcado para sempre como a maior revolução abolicionista. Naquela oportunidade, o padre convenceu os escravos que construíssem a igreja chamada Igreja São José de Queimado e prometeu que daria a Carta de Alforria para todos os envolvidos.
“Infelizmente, isso não aconteceu. Houve uma grande manifestação e nós sabemos que, de lá para cá, a luta é muito grande. Foi dito aqui, por vários Parlamentares e por vários membros da sociedade, sobre as estatísticas. São muito tristes as estatísticas contra o jovem negro, contra o trabalhador negro, que além de buscar as oportunidades de trabalho de menor qualificação, quando consegue de qualificação maior, ainda tem um salário menor.
O deputado ainda destacou as estatísticas de discriminação contra a mulher, especialmente a violência contra a mulher negra. “Aqui foi dito que após a Lei Maria da Penha houve uma pequena redução da violência contra a mulher branca, mas ampliou em mais 50% a violência contra a mulher negra. Então, esse é o desafio desta Casa, de estarmos aqui propondo leis que possam realmente minimizar o sofrimento”, ponderou o deputado.
Durante a audiência na comissão geral o deputado Sergio Vidigal finalizou o discurso citando versos da cantora Ivone Lara. O deputado foi aplaudido ao final do discurso.
“Um sorriso negro, um abraço negro traz felicidade. Negro sem emprego, fica sem sossego. Negro é raiz da liberdade. E, no final, ela diz que negro é uma cor de respeito. Por isso, vamos respeitar o Movimento Negro neste País”, concluiu.