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Nova reforma trabalhista pode ampliar ações judiciais

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Nova reforma trabalhista pode ampliar ações judiciais. A afirmação é do membro titular da Comissão que discute a Reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados, deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES), que acredita que a nova reforma trabalhista pode ampliar ações judiciais no Brasil.

Juristas ouvidos pela comissão nesta semana defenderam que se não acontecer com cautela, a flexibilização e modernização das leis trabalhistas podem acarretar em um número maior de processos.
O deputado Sergio Vidigal (PDT-ES) também duvida que as medidas propostas na reforma possam preservar o emprego ou fortalecer a economia do País.

“Vários membros do judiciário disseram com convicção que a reforma não garante a redução do número de processos. Nos países que flexibilizaram direitos o número de empregos temporários aumentou. É isso que nós queremos para o nosso país? Um país onde o trabalhador não tem seus direitos respeitados”, questionou o deputado.

Para Vidigal, a culpa da crise econômica não é da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda na visão dele, a reforma, feita de forma “apressada”, pode ampliar a judicialização no setor trabalhista.

“Se o Judiciário tem tanta demanda, é pela quantidade de leis que fazemos aqui no Legislativo”, acrescentou.

O pedetista reconhece as conquistas do setor produtivo, mas defende os direitos do trabalhador.

“Se não fosse setor produtivo nosso país estaria pior ainda. Não podemos fragilizar quem emprega, nem fragilizar o empregado. O nosso grande patrimônio é o trabalhador, é ele quem produz e faz a economia girar”.

FRASES DE SERGIO VIDIGAL SOBRE A REFORMA TRABALHISTA:
“O trabalhador desempregado, os salários achatados e ele ainda é o responsável pela crise que o Brasil vive? O trabalhador não pode pagar o preço da corrupção que neste país se instalou, não pode pagar o preço da má gestão do dinheiro público, não pode pagar o preço por um governo que não tem planejamento. Não podemos retirar direitos do trabalhador”.
“Estão dizendo que a CLT é a grande culpada pela crise econômica e pelo desemprego. Em 2008 e 2009, até 2012, tivemos uma geração de emprego extraordinária. A CLT não atrapalhou, nem a previdência. Na verdade, nós estamos terceirizando a responsabilidade. Nós temos que parar de terceirizar a responsabilidade, assumir de fato quem é culpado e buscar em conjunto mecanismos para o Brasil crescer, e criar emprego digno para o trabalhador brasileiro”.
“A flexibilização de direitos trabalhistas não vai criar mais empregos.  Vai aumentar o número de trabalhadores temporários. É isso que nós queremos para o Brasil? Instabilidade do emprego, salários achatados, trabalhador que não tem direitos? Precisamos olhar com carinho, a riqueza deste país é produzida pelo trabalhador brasileiro”.