Tornar obrigatória a presença de fisioterapeutas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), em tempo integral. É o que determina o Projeto de Lei 1768/2020, do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES).
Sérgio Vidigal, que é médico, comenta que os fisioterapeutas desenvolvem trabalho importante nas UTIs e pode afetar decisivamente a vida de pacientes críticos ou potencialmente críticos internados, principalmente nesse atual cenário de pandemia do novo coronavírus.
“A presença desses profissionais é essencial, pois além da recuperação do paciente, o seu trabalho está associado à prevenção de complicações clínicas, como pneumonias associadas à ventilação mecânica, lesões traumáticas das vias aéreas, entre outras”, comentou Vidigal.
O projeto
De acordo com o projeto de lei, será obrigatória a atuação de, no mínimo, um fisioterapeuta para cada dez leitos em unidades de terapia intensiva, seja para adulto, pediátrico e neonatal. A medida será tanto para de hospitais e clínicas públicas ou privadas.
Essas unidades deverão ter fisioterapeutas durante 24 horas, todos os dias da semana.
Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, sendo revogadas as disposições em contrário.
Atuação
Para o deputado, todas as atividades desenvolvidas em UTIs pelos fisioterapeutas são inúmeras e todas indispensáveis e críticas para a vida dos pacientes internados.
Entre as atividades desenvolvidas pelo fisioterapeuta que atua nas UTIs, estão a aplicação de técnicas e recursos relacionados à manutenção da permeabilidade de vias aéreas; a participação no processo de instituição e gerenciamento da Ventilação Mecânica; a condução dos protocolos de desmame da ventilação mecânica, incluindo a extubação; e a mobilização do doente crítico.
Importância
Segundo a Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, “a ausência de um fisioterapeuta em um período de instabilidade, intercorrência, admissão de um paciente crítico compromete a qualidade da assistência prestada.
Estudos científicos têm demonstrado que a atuação do Fisioterapeuta em terapia intensiva, em regime integral (24 horas), é essencial, associando-se à redução do tempo de ventilação mecânica, da permanência na UTI e do tempo de internação hospitalar, além da redução dos custos hospitalares”.