O Brasil se encontra no topo do ranking dos países mais infectados por covid-19 do globo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Dados das secretarias estaduais de saúde, desta quinta-feira (4), mostram que são 590.485 casos do novo coronavírus, com 32.688 mortes. Para piorar a situação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de se manifestar, dizendo que a situação na América do Sul está longe de se mostrar estável.
Diante do atual cenário, o deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES), por de requerimento, cobrou do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informações sobre a situação epidemiológica da Covid-19 e as estratégias do Ministério da Saúde para enfrentar a pandemia no Brasil.
“A população, como principal vítima, precisa de informações mais claras e quais decisões serão tomadas, como e quando serão implementadas e qual impacto terão em suas vidas. No entanto, isso não acontece. Um exemplo claro é quanto à época em que se dará o pico da doença”, comentou Sergio Vidigal.
Vidigal comenta que, desde abril, ela é postergada para o mês seguinte. Por outro lado, vemos um relaxamento de medidas de isolamento, na contramão do que preconiza a OMS, ou seja, na subida da curva.
“Diante destes impasses, fica a impressão de que atravessamos um nevoeiro no meio do oceano, sem perspectiva de enxergar terra firme”, comentou.
Mais ações do governo
O deputado ainda que é necessário disponibilizar mais testes, para reduzir a subnotificação e saber o tamanho real do surto que enfrentamos.
“Muitos municípios brasileiros já estão entrando na fase da flexibilização do isolamento social, mas a experiência internacional nos ensina que essas medidas deveriam vir após um grande número de testes, o que, infelizmente, não está sendo feito na escala necessária”, disse.
O parlamentar lembra ainda que a retomada da vida social, sem isolamento, precisa de protocolos claros e adequados aos diferentes setores da economia e às diferentes situações particulares de cada região.
Um estudo referente à disponibilidade de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) demonstra que a rede privada possui número comparável a países de Primeiro Mundo, quando restringimos os usuários às pessoas que têm planos de saúde.
“No Sistema Único de Saúde (SUS) a situação é bem diferente. Por isso, precisamos de ações mais concretas para garantirmos a prevenção e o combate efetivo ao novo coronavírus”, comentou.