A história se repete
A última vez que a humanidade atravessou uma pandemia foi em 1918, em função da gripe espanhola. Na época, o isolamento social foi fundamental para muitas regiões mesmo em tempos de guerra.
A atual pandemia da Covid-19 atingiu a humanidade em cheio, colapso no sistema de saúde, economia parada, fome, descaso das autoridades, corrupção, incertezas, fatores que mexem com o equilíbrio mental de qualquer um, em qualquer lugar do mundo.
No decorrer da pandemia é importante ficar atento aos diferentes sintomas como: excesso de preocupação; confusão de pensamentos; medos; incertezas; nível elevado de estresse; ansiedade; sentimento de falta de controle e em casos mais graves, depressão.
Diferentes situações com a perda da imunidade, a infecção da doença e até mesmo a perda do emprego, pode gerar sentimentos conflituosos e doenças mentais como a depressão.
Segundo pesquisas recentes publicadas na conceituada revista científica Journal of Neurologist, pelo menos um terço ou metade da população exposta à epidemia pode sofrer problemas ligados à psicopatologia.
A questão do Brasil
Cerca de 60% dos 5.570 municípios do Brasil não apresentam um Centro de Atenção Psicossocial, sendo a atenção à saúde emocional e mental como uma necessidade apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Muitas vezes, os gestores políticos não se sentem motivados para investir nessa área de atendimento, principalmente, por boa parte das doenças emocionais ou psicológicas sempre “invisíveis” e somente serem percebidas nos estágios mais difíceis.
O setor sofre com queda de verbas, limitação orçamentária e a cultura de colocar a saúde emocional e mental em segundo plano, mesmo que sejam fatores de problemas com depressão, álcool e drogas, principalmente, em tempos de pandemia.
Outra preocupação é a taxa de suicídio aumentar por causa da solidão causada pelo isolamento e pelo desespero de ser infectado pela doença.
Para se ter uma ideia, o Brasil sofreu com problemas na distribuição de medicamentos para tratamentos de problemas psiquiátricos e psicológicos.
Um dos medicamentos que, praticamente, sumiram, foi o Carbonato de Lítio muito prescrito para o humor e o equilíbrio da mente.
Mas como cuidar das doenças durante a pandemia?
Este contexto da saúde mental envolve muitos cuidados, principalmente, quando o paciente não pode comparecer pessoalmente às consultas para não se expor ao vírus, reduzindo a visita ao psiquiatra e psicólogo.
Durante a pandemia, instituições públicas e privadas de saúde devem dar atenção aos exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse através de diferentes atividades.
Dentre as principais atividades podemos citar a meditação, leitura, exercícios de respiração, conversa com amigos via internet e telefone, dentre outras que podem ajudar na autoestima e segurança emocional do paciente.
É importante motivar as experiências e habilidades usadas em tempos difíceis do passado para medir a evolução da doença durante a epidemia.