Em mais uma tomada de depoimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) fez questionamentos e também criticou o silêncio do ex-Diretor Jurídico da Empresa JBS, Francisco de Assis e Silva.
“É com muita tristeza que estamos aqui participando de uma audiência importante como esta, respeitando a decisão judicial, que cabe a nós cumprir o que a Justiça decide. Mas, lembrando que nós devemos repensar e reavaliar essas delações premiadas no Brasil”, comentou Sérgio Vidigal.
Além disso, Vidigal defendeu que sejam criados critérios mais rígidos para “levar em frente as delações. E o senhor Francisco é um desses que fez uma delação, que depois ela foi viabilizada”.
Questionamentos
Dessa forma, no primeiro questionamento, o deputado cita o advogado de Francisco de Assi: Ticiano Figueiredo, que é presidente da Comissão Nacional de Legislação, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Assim, o pedetista lembra que foi justamente a OAB que impetrou uma ação para impedir que o famoso celular-bomba do ex-diretor não pudesse ter o seu sigilo quebrado.
“Quero acreditar que não tenha influência, porém é muita coincidência esse fato”, disse o deputado.
Vidigal também perguntou sobre uma matéria veiculada na revista Veja, onde o executivo troca mensagens com uma advogada, Dra. Renata Gerusa Prado. O parlamentar diz que na mensagem ficou claro que Fransciso Assis menciona: “comprar decisão do tribunal”.
“Quero aqui deixar essa pergunta, se realmente utilizava-se para comprar decisões em tribunais e se tinha alguma facilidade com algum ministro em especial ou membro do Ministério Público?”
E deixou mais uma pergunta: “O senhor estava envolvido nas operações de créditos internacionais junto ao BNDES? E qual o seu papel nessas operações?”
Sérgio Vidigal ainda ressaltou que a preocupação nesse momento é preservar o BNDES, que é um banco importante para o movimento do nosso país
“Hoje, o banco está com as ações paralisadas e não tem mais nenhum tipo de investimento, muito pelo contrário, o banco parou.Portanto, uma preocupação que nós temos agora é que isso venha criar algum tipo de movimento que inviabilize o funcionamento do banco”.