Deputados do PDT continuam independentes na Câmara dos Deputados. O posicionamento foi tomado durante reunião do Diretório Nacional do partido, hoje (19), com deputados e senadores para definir os rumos da sigla. No encontro ficou acordado que os deputados federais manterão a posição de independência na Câmara dos Deputados. O partido, no entanto, continua junto à base aliada do governo federal.
Durante o encontro, o deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES), fundador do PDT no Espírito Santo, defendeu a posição de independência sem partir para a oposição.
“Somos um partido com princípios trabalhistas, portanto não podemos votar matérias que prejudiquem os trabalhadores. Corremos o risco de nos tornar mais um apêndice do governo, o que não pode acontecer. Temos que ter independência priorizando os interesses da população que nos elegeu”.
Os deputados ainda pediram uma posição do partido no que diz respeito ao Ministério do Trabalho. “Sou favorável a entregar o ministério para que possamos trabalhar e votar de forma independente. A principal característica do PDT é ser um partido do povo, por isso temos que honrar nossos compromissos. Não devemos sair da base para virar oposição, temos que ter responsabilidade”, afirmou.
Diante da possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, caso fique comprovado seu envolvimento na operação Lava a Jato, o deputado Sergio Vidigal ressalta que seriam necessárias provas concretas e inquestionáveis.
“É preciso apurar a fundo as suspeitas de irregularidades contra a presidente, do contrário é golpe. O pedido de impeachment é uma decisão muito séria que não pode acontecer com base em especulações. É uma decisão que pode penalizar todo o país, por isso sem provas concretas, não vejo ambiente para o impeachment”.
Uma nova reunião da executiva nacional do PDT, para decidir sobre a entrega do Ministério do Trabalho está prevista para o mês de setembro, ainda sem data definida.