No Brasil, de janeiro a março de 2019, foram registrados 144 casos de meningite, com 14 mortes.
Diante desse triste cenário, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) solicitou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informações sobre o atraso na distribuição de vacinas contra a doença, em clínicas e postos de saúde do país.
Da mesma forma, Sérgio Vidigal pediu esclarecimentos sobre as medidas tomadas pelo Ministério para que a situação volte à normalidade. Assim, a solicitação foi feita por meio do requerimento de informação 234/2019.
Vidigal, que é médico, comenta que o aumento na procura por vacinas contra a meningite provocou falta de doses em unidades de saúde do país.
“Queremos saber o motivo do atraso na distribuição das doses da vacina contra Meningite B. Além disso, vamos cobrar explicações sobre a existência de um cronograma para reposição das doses na rede pública para esse tipo da doença. Assim também, restituição da imunização contra a meningite ACWY e do tipo B nas clínicas particulares”, comentou o deputado.
Espírito Santo
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram registrados 285 casos até setembro de 2017. Já, em todo ano anterior, foram 269 casos.
Brasil
Outro dado preocupante é da sociedade Brasileira de Pediatria. Segundo a instituição, o Brasil vem registrando, nos últimos anos, baixos índices de vacinação abaixo de 16 anos. Esse contexto colabora com a intensificação da procura por vacinas em geral quando casos fatais são noticiados.
Por outro lado, sabemos que a imunização é uma das melhores formas de proteção contra doenças sérias como meningite meningocócica, poliomielite, catapora e pneumonia. Casos como esses de contágio podem levar à óbito, principalmente, em crianças pequenas.
No caso específico da meningite meningocócica existem 3 diferentes vacinas.
Logo, são elas: a que protege contra a meningococo C (única atualmente garantida pela rede pública de saúde); a contra o meningococo B e outra, chamada ACWY, que protege contra quatro tipos de doença.
Sendo assim, essas duas últimas (B e ACWY) estão disponíveis somente em clínicas particulares. Portanto, com custo entre 300 e 500 reais, são inviáveis para maioria da população.