Durante audiência pública com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta terça-feira (26) na Câmara dos Deputados, o deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES) afirmou estar preocupado com a privatização da Eletrobrás e questionou o ministro sobre qual o objetivo de vender empresa.
“Mais uma irresponsabilidade desse governo de querer privatizar um setor que é estratégico. Os países mais importantes do mundo como Estados Unidos, Canadá, China, Austrália, todos eles mantêm controle no sistema energético. E aqui no Brasil querem fazer o inverso, quer entregar o sistema energético na mão da iniciativa privada”, comentou.
Por outro lado, o ministro comentou que a Eletrobrás foi responsável por apenas 15% do aumento da capacidade instalada de energia no país nos últimos cinco anos. E que os 85% restantes são resultado do investimento de outros agentes, em especial do setor privado.
Sergio Vidigal afirmou durante a audiência pública que hoje a maior geradora de energia elétrica do Brasil já é uma empresa estatal chinesa, a “China Three Gorges” e que a empresa já demonstrou interesse na compra da Eletrobrás.
“Imagine, vocês, o Brasil tendo o seu potencial energético gerenciado por empresas internacionais com capital estrangeiro. Nós não podemos permitir. Esse foi meu questionamento, solicitei ao ministro que a gente possa realmente fazer uma reflexão e paralisar esse processo”, destacou o deputado.
“O que é pior que isto é entregar na mão do capital estrangeiro. Hoje, a maior geradora de energia elétrica do Brasil já é uma empresa estatal chinesa. Imagine, vocês, o Brasil sendo gerenciado o seu potencial energético com empresas internacionais com capital estrangeiro. Nós não podemos permitir”.
O deputado ainda lembrou que esse processo de privatização vai penalizar o consumidor brasileiro, principalmente de baixa renda, que precisa de investimentos na área social. E deixou um recado para o ministro e ao presidente em exercício:
“Vão cuidar das denúncias que estão aqui nesta Casa contra vocês e respeite o país. Nós, brasileiros, queremos ser governados e gerenciados por brasileiros”, ressaltou.