O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) apresentou requerimentos para as realizações de mais audiências públicas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Assim, Sérgio Vidigal solicitou as presenças dos presidentes das associações que representam setores que receberam recursos do banco. De acordo com Vidigal, é necessário ouvir a versão de como se davam as relações com o banco.
“Entendemos, portanto, ser relevante ouvir, além de convidados que tratem do funcionamento interno do Banco, as associações que representam setores que receberam recursos. Se houve atos irregulares, esses não se deram sem relação com os tomadores de empréstimos”, comentou o deputado, que é titular na comissão.
Sendo assim, estão convidados o Presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Humberto Barbato; o Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra e Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos, Antônio Carlos Botelho Megale.
“Outrossim, esses representantes das associações empresarias brasileiras também poderão contribuir com o esclarecimento das funções do Banco e sua relevância para seus setores e para a economia nacional”, disse o pedetista.
Outras presenças
Vidigal ainda solicitou a presença de funcionários do BNDES. Logo, trata-se do presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Thiago Mitidieri.
Deste modo, o deputado diz que, com este depoimento, será mostrada a percepção sobre o funcionamento do Banco, assim como também sobre sua atuação.
“É importante lembrar que quando se põe sob suspeita todo um órgão público, cria-se um ambiente pouco saudável e de desconfiança entre os servidores. Esses, porém, têm responsabilidades com o órgão e com o país. Possuem, também, conhecimento sobre o funcionamento e os ritmos da instituição”, ponderou.
Recentemente, o parlamentar também solicitou as presenças de ex-presidentes da instituição no colegiado.
CPI
A CPI vai investigar se houve irregularidades em atos praticados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre os anos de 2003 e 2015.
Então, a comissão visa verificar as alterações realizadas no estatuto do banco, as quais poderiam ter beneficiado acordos internacionais.
Além disso, o colegiado terá como foco a investigação dos contratos envolvendo recursos nacionais no exterior, os quais atualmente estão com detalhes sob sigilo até 2027.