Sergio Vidigal questionou superintendente da ECO-101 sobre atraso nas obras

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A Comissão Externa que fiscaliza a concessão da ECO-101 realizou na tarde desta quarta-feira (29) uma audiência pública para ouvir o diretor superintendente da Eco-101, Roberto Paulo Hanke. Sergio Vidigal questionou superintendente da ECO-101 sobre atraso nas obras.

Na oportunidade, o deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES) questionou ainda o superintendente da concessionária a quem ele atribui o não cumprimento das cláusulas apontadas pelo Tribunal de Contas de União (TCU). O deputado esclareceu que o questionamento não tem como objetivo apontar culpados.

“Estamos do lado do usuário, não estamos aqui buscando culpados e sim alternativas. Sabemos que o pedágio é uma realidade e necessidade. O governo federal não tem capacidade de investimento e de gerência, prova disso é o contorno de vitória que demorou mais de 16 anos e ainda não foi finalizado”, esclareceu Vidigal.

Vidigal deixou claro que a maior preocupação neste momento é com o usuário, uma vez que a nova previsão de reajuste da tarifa está marcada para o dia 18 de maio.

“Precisamos de uma resposta rápida, o Espírito Santo vive um momento difícil da economia. É necessário avaliar o que precisa ser melhorado para não frustrar o usuário. O grande problema as concessões é que muitas vezes se inicia a obra apenas com um projeto básico, para depois passar para o executivo. Isso acarreta depois inúmeras mudanças e transtornos”, ressaltou o deputado.

O pedetista ainda ressaltou a necessidade de, no momento da concessão, ouvir os prefeitos das cidades impactadas pela obra, bem como os moradores da região.

“Essa é uma concessão que atravessa uma área urbana com mais de um milhão de habitantes, só na Serra são 500 mil habitantes. É primordial que haja diálogo entre o poder público, os moradores, para avaliar de que forma eles podem contribuir”.

Em resposta ao questionamento do deputado Sergio Vidigal, o superintendente da ECO-101 esclareceu que o motivo maior do atraso e descumprimento do contrato foram as licenças ambientais.

“Não é questão de apontar culpados, mas os investimentos que não fizemos, o motivo maior foram as licenças ambientais. Hoje trabalhamos na parte que temos o licenciamento. A ANTT tem aprovado todos os projetos e financeiramente a concessionária está sadia”.

Hanke ainda completou que a concessionária está sendo prejudicada. “Se não consigo fazer os investimentos, não consigo pegar valor com o BNDES. Com o arrasto do contrato, sofremos com a diminuição da tarifa que também não é o nosso interesse. Tínhamos um planejamento que foi afetado com todas essas crises que o Espírito Santo passou”.