Vidigal assina representação contra presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha

Atuação Imprensa

Com a ampliação das denúncias de corrupção contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal Sergio Vidigal(PDT-ES) assinou uma representação para que seja feita uma verificação de quebra de decoro parlamentar de Cunha.

Paralelamente, o documento encaminhado ao Conselho de Ética pede o afastamento do presidente da Mesa Diretora da Câmara. A representação pode levar à cassação do mandato de Eduardo Cunha.

Vidigal é o único deputado do PDT que assinou a representação. Com Vidigal, chega a 47 o número de parlamentares que se manifestaram contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

“Cunha representa toda a Câmara. E ele está desmoralizando toda ela. Se cala, dá andamento às sessões como se nada tivesse acontecido, finge que não ouviu”, afirma Sergio Vidigal.

vidigalSergio Vidigal ainda acredita Cunha quebrou o decoro parlamentar ao mentir no depoimento da CPI da Petrobras.

“Não podemos permitir que uma Casa de Leis tenha em seu comando um parlamentar que em depoimento à CPI da Petrobras diz não possuir conta bancária no exterior e, agora, o Ministério Público Suíço comprova a existência de diversas contas dele neste país. Este fato em si comprova a quebra de decoro parlamentar por parte do presidente Eduardo Cunha”.

Representação
Até o momento, 47 deputados tinham assinado o documento: 32 do PT; 5 do PSOL; 3 do PSB; 2 do PROS; 1 da Rede; 1 do PPS; 1 do PMDB; PDT; 1 e 1 deputado sem partido. Esse número, porém, ainda não é o final porque novos parlamentares subscreveram a representação depois.

A representação está embasada no documento enviado na semana passada ao PSOL pela Procuradoria Geral da República (PGR), após um pedido formal do partido, confirmando que Cunha mantém contas bancárias secretas na Suíça. Com base nas respostas do procurador-geral, Rodrigo Janot, o PSOL entende que Cunha mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, em março, quando negou que tivesse contas no exterior.

A representação do PSOL levará à abertura de investigação para apurar supostas irregularidades cometidas por Cunha. Entre as punições previstas há desde advertência até cassação do mandato.