Vidigal critica modelo brasileiro de educação e defende a federalização

Atuação Imprensa

O deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES), durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, fez críticas ao modelo de educação brasileiro e defendeu a federalização da educação básica no país. Além disso, o parlamentar destacou sua atuação como presidente da Frente Parlamentar de Incentivo à Geração de Eletricidade Renovável e no combate à violência no trânsito

No campo da Educação, o pedetista destaca que uma das principais bandeiras de seu partido é a educação, defendendo projeto que relata na Câmara, de autoria do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), que federaliza a educação brasileira. “Oferecer uma educação básica de qualidade é o caminho oportuno para que toda criança brasileira tenha a mesma oportunidade de crescimento intelectual e profissional”, disse. “Não podemos permanecer nesta prática de terceirizar a responsabilidade da educação. As prefeituras, responsáveis pela educação básica, já estão sobrecarregadas, sem condições de bancar os custos. Os repasses do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação) não conseguem, sequer, custear a folha de pagamento”, disparou.

O Brasil investe pouco mais de U$$ 3 mil por ano por estudante do Ensino Fundamental à Educação Superior, ficando atrás apenas da Indonésia que investe U$$ 625. Na comparação com países desenvolvidos como a Suíça, que investe U$$ 16.090, o Brasil gasta cinco vezes menos em educação. “Valor bem distante do ideal”, avaliou o capixaba. “A única forma de assegurar a igualdade de oportunidades é por meio de escolas públicas de qualidade em todo o território nacional”, opinou Vidigal ao defender o projeto que federaliza a educação básica brasileira. No ranking do Ministério da Educação que apontou as melhores escolas públicas do país, das 100 melhores escolas avaliadas, 77 são institutos federais. “Precisamos ter um modelo único de educação, de avaliação da educação brasileira. Apenas o governo federal tem capacidade de garantir tamanha igualdade.”

Ainda no campo da educação, Sergio Vidigal destacou o projeto Escola Viva do governo do Espírito Santo. “O objetivo da Escola Viva é ser uma escola atrativa e estimulante que forme os jovens para o mercado de trabalho e os ajude na construção de um projeto de vida.”

Como presidente da Frente Parlamentar de Incentivo à Geração de Eletricidade Renovável, Vidigal considera frente (1)esse tema vital, com potencial para trazer grandes benefícios de ordem econômica, social, ambiental e de saúde para a sociedade brasileira como um todo. “Viver num mundo sem energia elétrica, em plena era da informação, é inimaginável. Nossa dependência de fontes hidráulicas para a produção de energia é claramente evidenciada na matriz energética brasileira, onde 85% da energia é produzida pela força das águas. Muito se fala em energia renovável, mas o que vem a ser isso? São exemplos os bicombustíveis, a energia solar, hidráulica, eólica, a biomassa e a energia geotérmica. Ao lado da vantagem patente de se utilizar fontes de energia que não se esgotam, as fontes renováveis de energia trazem outros benefícios, quais sejam: redução de efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde, segurança energética, desenvolvimento social, econômico e tecnológico”, disse Vidigal.

Trânsito
Durante sua fala, ,o parlamentar destacou os índices negativos da violência no trânsito em todo o Brasil que gasta, em média, R$ 16,1 bilhões em decorrência de acidentes de trânsito.

Somente no Espírito Santo, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), colocam o Espírito Santo entre o seis Estados com rodovias federais mais violentas. “O trecho entre os quilômetros 260 e 270 da BR 101, localizado no município de Serra, ficou na posição nº 1: é o trecho mais perigoso entre todas  as rodovias federais brasileiras. Por isso, na última segunda-feira (19) realizamos uma mesa redonda com os capixabas e a população da Serra, em especial, para elencar sugestões na tentativa de reduzir esses números”, lembrou Vidigal.

BR 101 / Foto: Divulgação
BR 101 / Foto: Divulgação

Na última pesquisa da Confederação Nacional de Transportes, consta que 60% das rodovias do Espírito Santo estão na condição de regular, ruim ou péssimo. Sabemos que outros fatos também concorrem para os acidentes de trânsito, notadamente a ingestão de álcool e o excesso de velocidade, mas o Estado brasileiro precisa empenhar-se mais para garantir mais segurança para os seus cidadãos.