Vidigal é único deputado capixaba membro da CPI do BNDES

Atuação Imprensa

A CPI que irá investigar os contratos de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi instalada na manhã desta quinta-feira (6) na Câmara dos Deputados. O deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES) é o único parlamentar capixaba a integrar os trabalhos como membro da CPI.

Vidigal ressalta que os trabalhos da Comissão devem ser independentes, e não sofrer nenhuma interferência do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como aconteceu nos trabalhos da Comissão Especial da Reforma Política.

“Já vimos que quando convém ao presidente da Casa, ele tem o hábito de desrespeitar e atropelar os trabalhos das comissões. Esperamos que desta vez seja diferente, que não seja uma CPI de partido, e que os trabalhos sejam conduzidos com imparcialidade. Afinal, o BNDES é um banco do Brasil, não de um partido específico”, afirmou Sergio Vidigal.

Vidigal afirma que este é um momento histórico para apurar as denúncias de corrupção, mas defende que os trabalhos da CPI sejam conduzidos de forma isenta. “Estamos num momento histórico para o nosso país, no que diz respeito ao combate da corrupção. A operação Lava Jato demonstra que os culpados serão punidos, por isso defendemos que todas as declarações que serão feitas durante os trabalhos da CPI sejam profundamente investigadas”.

O foco da CPI do BNDES são os empréstimos concedidos a empreiteiras e demais empresas investigadas na Operação Lava Jato. De 2003 a junho de 2014, o banco concedeu financiamentos de R$ 2,4 bilhões a essas empresas. Também serão investigados os empréstimos para empresas frigoríficas e do grupo do empresário Eike Batista, além de empréstimos concedidos a outros países, como Angola e Cuba, cujas operações foram classificadas de secretas.

Sessão de instalação da CPI do BNDES. - Foto: Ana Eliza
Sessão de instalação da CPI do BNDES. – Foto: Ana Eliza

A CPI também deverá apurar empréstimos concedidos a empresas investigadas da Operação Lava Jato que seriam de fachada, além de operações de crédito em favor de empresas do grupo do empresário Eike Batista e do setor frigorífico.

A próxima reunião da CPI foi marcada para a terça-feira (11), a partir das 14h30, para o relator apresentar seu plano de trabalho e os integrantes votarem requerimentos.