Na manhã desta segunda-feira (19), o deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES) promoveu, na Câmara de Vereadores da Serra, uma mesa redonda para debater os desafios que colocam a Serra como o trecho mais violento das rodovias federais brasileiras.
Como sugestão de como diminuir os índices de mortalidade na BR 101 na Serra, o deputado Sergio Vidigal sugeriu a implantação de mais passarelas. “A passarela de Jardim Carapina é importante, mas precisamos de muitas outras, em locais com maior fluxo de pedestres. Além disso, precisamos construir ciclovias para garantir que as pessoas possam utilizar a bicicleta que, hoje, não é apenas um meio de diversão, mas de transporte”, destacou Vidigal.
Além disso, o parlamentar lembrou dos valores a serem aplicados em educação. De acordo com o contrato de concessão inicial, a Eco 101 deveria aplicar R$ 885 mil em segurança no trânsito, aplicado em custeio de programas de prevenção de acidentes.
Outra sugestão de Vidigal foi a parceria entre Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal da Serra para ampliar a presença de agentes de trânsito atuando na fiscalização do trânsito na Rodovia BR 101 que corta o município da Serra. Segundo o superintendente da PRF no Espírito Santo, Jean Duque, a parceria é possível, como já ocorre em Minas Gerais.
O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), Halpher Luiggi, disse, durante mesa redonda na manhã de hoje, que as obras do Contorno do Mestre Álvaro se iniciarão até o fim deste ano. Essa é uma das medidas apontadas como soluções durante mesa redonda sobre a Br 101 no Espírito Santo, realizada na manhã de hoje, na Câmara da Serra, promovida pelo deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES).
De acordo com o superintendente da Eco 101, concessionária da BR 101 no Espírito Santo, Roberto Paulo Hanke, para que os índices de violência sejam reduzidos, é necessário ação em fiscalização, infraestrutura e educação. “Além disso, temos que separar o tráfego conflitante, separando o tráfego de longa distância com o tráfego de moradores da Serra que usam a BR como uma grande avenida do município”, complementou.
O presidente da Federação das Associações de Moradores da Serra (Fams), Jacinto José Sezini, lamentou a realidade violenta da BR na Serra. “É triste ver o município de maior população do estado ser líder na violência, ser líder também na violência do trânsito. A concessão foi feita para melhorar essa realidade e duplicar a rodovia, mas nada disso saiu do papel até agora. Temos que ter um diálogo permanente entre Eco 101, o poder público e a sociedade em geral”, argumentou. Fazendo coro, Vidigal defendeu que em todas as concessões sejam feitas audiências públicas com a população para que sejam elencadas as prioridades de cada região.
O jovem Rodrigo Riani, de 25 anos, compartilhou e comoveu os presentes com sua história. Rani foi atropelado quando tinha 13 anos na BR 101, ao atravessar a rodovia. Ele ficou em coma por nove dias, teve várias fraturas pelo corpo, mas sobreviveu. “Eu sobrevivi, mas muitas outras vidas se foram com essa violência na BR 101”, contou. Riani vestia uma camisa que foi confeccionada em homenagem a uma vizinha dele que morreu recentemente em um acidente de carro na rodovia.
Contorno
“A história do Contorno do Mestre Álvaro já se arrasta por mais de 15 anos e, em 2012, o governo federal resolveu adicionar este empreendimento no rol de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assim, precisou-se fazer uma série de adaptações de projeto que já foram feitas e apresentadas aos órgão competentes. Agora, falta apenas a liberação Instituto do Patrimônio Histórico e Natural (Iphan). Acredito que até o fim do ano as obras serão iniciadas pois já foi licitada e já conta com a disponibilização de R$ 41 milhões para esta obra”, disse Luiggi.
Para Vidigal, ter uma ideia de tempo é confortante. “É muito importante ter essa noção de quando teremos essa obra se iniciará pois, em 1999, quando ainda era prefeito, apresentamos um projeto para tirar a BR do centro da Serra com a construção do Contorno do Mestre Álvaro. Agora já temos uma medida de longo prazo para resolver essa questão. Nos resta encontrar uma medida de curto e médio prazo”, pontuou o pedetista.
De acordo com o superintendente da Eco 101, concessionária da BR 101 no Espírito Santo, Roberto Paulo Hanke, para que os índices de violência sejam reduzidos, é necessário ação em fiscalização, infraestrutura e educação. “Além disso, temos que separar o tráfego conflitante, separando o tráfego de longa distância com o tráfego de moradores da Serra que usam a BR como uma grande avenida do município”, complementou.
Estiveram presentes, o deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES), o deputado Estadual Josias da Vitória (PDT), a presidente da Câmara Neidia Pimentel (PSD), o superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da Agência Nacional de Transportes Terrestres Luiz Fernando Castilho, superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Espírito Santo Jean Duque, o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas Paulo Ruy Carnelli, o secretario de desenvolvimento urbano da Serra Silas Maza, o analista de Infraestrutura do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre no Espírito Santo Humberto Fernandes, o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo Halpher Luiggi, e o superintendente da Eco 101 Roberto Paulo Hanke.