A Frente Parlamentar Mista de Prevenção ao Suicídio e Valorização da Vida será lançada nesta quarta-feira (23), às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.
O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES), que é médico psiquiatra, é o presidente da frente parlamentar. Segundo o deputado, é necessário estabelecer uma agenda fixa de discussão e debates sobre as formas de prevenção do suicídio e valorização da vida.
“Nosso objetivo é criar uma Política Nacional de Combate ao Suicídio. Assim, precisamos promover o intercâmbio e colaboração entre as redes de saúde federal, estadual e municipal. O objetivo é sensibilizar e disseminar informações sobre a prevenção ao suicídio no Brasil”, explicou Vidigal.
A intenção é debater de forma sistêmica a promoção, a prevenção, o tratamento e a recuperação. Além disso, assegurar o acesso às diferentes modalidades terapêuticas.
“Também vamos acompanhar as ações de prevenção ao suicídio do governo federal e do Sistema Único de Saúde (SUS). Como médico e parlamentar, reafirmo que precisamos trabalhar para a consolidação dos dados. E contribuir para a qualificação da gestão e para formação do perfil dessa epidemia”, explicou Vidigal.
Outras ações
O deputado também é autor do Projeto de Lei (PL) 3248/2015, que dispõe sobre a assistência à prevenção e ao combate ao suicídio.
Suicídio
Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que o suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todo país e uma das três causas de morte na faixa etária de 15 a 35 anos.
Pesquisas ainda apontam que no Brasil houve um crescimento das taxas de suicídio nos últimos anos. A média é de 46 suicídios a cada 60 minutos, de acordo com pesquisas divulgadas pelo Ministério da Saúde, em 2018.
Entre 2007 e 2016, foram registradas 106.374 mortes por suicídio no País. Na maioria entre jovens e adolescentes, que são grupos extremamente vulneráveis. Sendo que no mundo, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. No Brasil é a quarta.
Entre adolescentes, o número de suicídios aumentou em 24% nas grandes cidades, entre os anos de 2006 e 2015.