Vidigal propõe Frente Parlamentar Mista de Prevenção do Suicídio e Valorização da Vida

Vidigal propõe Frente Parlamentar Mista de Prevenção do Suicídio e Valorização da Vida

Destaque Imprensa

O suicídio é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, sendo a terceira para homens nesse grupo. E, entre as mulheres, a oitava. Os dados são alarmantes e revelam a urgência em se fazer algo para mudar essa realidade.

Por isso, é necessário estabelecer uma agenda fixa de discussão e debates sobre as formas de prevenção do suicídio e valorização da vida. Assim, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) propôs a Frente Parlamentar de Prevenção do Suicídio e Valorização da Vida, já para o primeiro dia do mandato. Para isso, estão sendo colhidas assinaturas de registro à Frente Parlamentar.

“Nosso objetivo é criar uma Política Nacional de Combate ao Suicídio. Essa é a prioridade do nosso mandato. Porque precisamos promover o intercâmbio e colaboração entre as redes de saúde federal, estadual e municipal. O objetivo é sensibilizar e disseminar informações sobre a prevenção ao suicídio no Brasil”, explicou o deputado federal Sérgio Vidigal.

A intenção é debater de forma sistêmica a promoção, a prevenção, o tratamento e a recuperação. Além disso, assegurar o acesso às diferentes modalidades terapêuticas.

“Também vamos acompanhar as ações de prevenção ao suicídio do governo federal e do Sistema Único de Saúde (SUS). Como médico e parlamentar, reafirmo que precisamos trabalhar para a consolidação dos dados. E contribuir para a qualificação da gestão e para formação do perfil dessa epidemia”, explicou Vidigal.

Projeto de Lei regulamenta a assistência ao suicídio no SUS

É de autoria de Sérgio Vidigal o Projeto de Lei 3248/2015 que dispõe sobre as condições para as ações de prevenção e de combate ao suicídio. O intuito é regulamentar a assistência no Sistema Único de Saúde.

Na assistência à prevenção e ao combate ao suicídio, inclui-se a formação de redes intersetoriais. Portanto, haverá o envolvimento de equipes multidisciplinares, compostas de médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas e profissionais afins.

Existe a necessidade de que educadores e profissionais da área da saúde contem com disciplina que os capacite na abordagem na condução e prevenção do suicídio. Desta forma, os pacientes terão um tratamento mais adequado e eficiente para seus transtornos e aflições.

Dados sobre o suicídio no Brasil

Em 2016, 11.433 pessoas tiraram a própria vida. No ano anterior, foram 11.178, o que representa um aumento de 2,28%. Logo, o Ministério da Saúde acredita que esse número pode ser até 20% maior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.

De acordo com a pasta, existem causas que não ficam claras se seriam acidentes ouse a pessoa teria provocado a própria morte. De 2007 a 2016, foram registrados 106.374 mortes por suicídio no Brasil, por exemplo.

Entre 2011 e 2015, o grupo que registrou a taxa mais alta de óbitos foram os indígenas: 23,1 entre os homens e 7,7 a cada 100 mil habitantes entre as mulheres.

Desse contingente, quase 45% ocorreram na faixa etária de 10 a 19 anos. Na população branca, o registrado foi de 9,5 por 100 mil entre os homens e 2,7 entre as mulheres. A taxa entre homens negros e pardos foi de 7,6 por 100 mil e 1,9 por 100 mil, entre as mulheres.

Maiores causas do suicídio no Brasil

O enforcamento é o principal meio de mortes por suicídio, o qual responde por 60% dos óbitos. Intoxicação por exógenos aparece em segundo, com 18%; arma de fogo é a terceira causa, com 10%. Outros meios respondem por 12% dos casos.

Apesar de ser a segunda causa de óbitos, intoxicação é o principal meio utilizado na tentativa de suicídio, respondendo por quase 58% das notificações.